segunda-feira, 21 de março de 2011

ALGUMAS ETAPAS DA VIDA DE GINETTA

Ginetta Calliari nasceu em Trento, norte da Itália, em 15 de outubro de 1918.
Em 1944 conheceu Chiara Lubich, fundadora e presidente do Movimento dos Focolares, e tornou-se uma de suas primeiras companheiras.
Em novembro de 1959, Ginetta desembarcou no porto de Recife. Com ela, vieram outras três focolarinas e quatro focolarinos, que iriam iniciar no Brasil os dois primeiros centros do Movimento para além das fronteiras européias.

Após uma permanência de cinco anos no Nordeste, Ginetta foi para a cidade de São Paulo e, em 1969, para o município de Vargem Grande Paulista, de onde, durante cerca de trinta anos, acompanhou pessoalmente a fundação de outros centros de irradiação do Movimento dos Focolares no Brasil: em Brasília, Manaus, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Maceió, São Luís e, passo a passo, o desenvolvimento da Mariápolis Ginetta, sede nacional dos Focolares.
A Mariápolis Ginetta (que tem hoje cerca de 300 habitantes) é uma das 30 cidadezinhas-testemunho do Movimento: esboço de uma sociedade nova, expressão de liberdade e igualdade, de unidade.
A Mariápolis tornou-se espaço de diálogo: entre católicos, entre cristãos de várias denominações, com fiéis de outras religiões e pessoas que, mesmo sem um referencial religioso, buscam a vivência de valores universais.
A ideal de unidade tem reflexos também no tecido social, nos setores da educação, da saúde, da política, da arte, da promoção humana, etc. Em todo o Brasil estão em andamento centenas de projetos sociais, animados pelo Movimento dos Focolares.
Vamos percorrer algumas etapas da vida de Ginetta que nos levam a perceber o anseio de justiça característico de sua vida e que prepararam a sua alma para o protagonismo na concretização da EdC no Brasil.
Em 1944, ela encantou-se com uma experiência, contada por sua irmã mais nova, Gisella, sobre a comunhão que Chiara e suas primeiras companheiras faziam de roupas que consideravam a mais do que o necessário, em prol das pessoas carentes. Diante desse episódio, Ginetta comentou: “Que extraordinário! Isso mudará o mundo!”
Em novembro de 1959, ao se despedir do grupo de focolarinos que viajavam para o Brasil a fim de abrir os primeiros focolares, Chiara entregou simbolicamente a Ginetta o Crucifixo vivo, Jesus Abandonado. Chiara dizia: “Você o apresentará ao povo brasileiro e verá a resposta!”. Chegando a Recife – Ginetta mesma conta – “foi um choque constatar a desigualdade social, a discriminação, a fome que transparecia nos rostos”. Era o encontro face a face com o Crucifixo vivo. Disse, então, a si mesma: “Aqui não dá para permanecer passivo. Alguma coisa precisa mudar. O que precisa mudar? O ser humano”. E concluiu: “É preciso homens novos, com uma mentalidade nova, de modo que surjam estruturas novas e, de conseqüência, cidades novas, um povo novo!”
Foi o amor ao Crucifixo vivo, identificado nas pessoas marcadas por todo tipo de sofrimento, que pautou a vida e a ação de Ginetta e dos membros do Movimento desde aquela época, inspirando inúmeras iniciativas de cunho social com o objetivo de contribuir na resolução da situação de miséria de muitas pessoas nas várias regiões onde viviam.
Na década de 1970 e 1980, quando fervilhavam na América Latina os movimentos sociais, tendo diante de si todas as pessoas dos Focolares que tiveram a própria vida transformada pelo Ideal da unidade – inclusive várias provenientes das favelas – Ginetta teve a idéia de organizar um livro que recolhesse todas essas experiências. O livro trazia como título “O Evangelho força dos pobres” (traduzido em italiano, holandês e espanhol) e adotado inclusive como livro-texto em algumas escolas. Foi um sucesso, e suscitou logo outro: “O Evangelho no dia–a-dia”, seguido de um terceiro, “Quando o Evangelho entra na família”.
Em 1991, Chiara Lubich, a fundadora do Movimento dos Focolares, veio ao Brasil, a Vargem Grande Paulista, onde a Mariápolis se localiza. Ela lançou, para todo o país, a idéia da “Economia de comunhão na Liberdade” (EdC). Mais precisamente, no dia 29 de maio de 1991. Local: auditório da Mariápolis Araceli, hoje Mariápolis Ginetta.
No projeto EdC se articulam em harmonia princípios sociais e econômicos nunca antes justapostos: economia, solidariedade e liberdade. A novidade está na distribuição do lucro, que é dividido em três partes: para o re-investimento na própria empresa; para ir ao encontro dos necessitados; para a formação de pessoas com uma mentalidade aberta à “cultura da partilha”.
A participação de Ginetta Calliari na sua concretização foi determinante, pela sua adesão imediata à proposta e pela sua profunda convicção de que ali estava uma resposta à complexa problemática social.
A idéia, inspiração genial, estava lançada; tratava-se de concretizá-la. Por onde começar? Pautando-se nas palavras de Chiara, Ginetta e os dirigentes do Movimento no Brasil reuniram-se para encontrar caminhos de atuação e traçar metas. De modo especial, a implantação do Pólo Empresarial Spartaco, pioneiro na concretização da idéia de Chiara, requeria esforços, recursos, idéias e, especialmente, muita fé. O Brasil atravessava um período de recessão econômica; muitos estabelecimentos estavam fechando, e os membros do Movimento eram convidados a abrir empresas!
Ginetta desempenhou um papel pioneiro na implantação do Pólo Empresarial Spartaco, a 4 km da Mariápolis Ginetta. Atualmente estão em funcionamento no pólo seis empresas da EdC. No mundo inteiro, são mais de 700 empresas e atividades produtivas, das quais 100 no Brasil.
Com a sua típica fé em Deus, Ginetta ajudou moral e espiritualmente não só empresários, mas também funcionários e acionistas, não deixando que a chama da EdC se apagasse no coração de ninguém. Ela olhava para frente, sabia que o projeto era uma inspiração de Deus; portanto, os obstáculos que apareciam pelo caminho seriam trampolins para passos ainda mais decididos: quantas experiências de leis que mudavam e de novas receitas financeiras, viabilizando o prosseguimento da iniciativa. Profissionais e até famílias inteiras, impulsionados pela fé que Ginetta tinha, mudavam-se de suas cidades para trabalharem pela EdC.
Em 1996 nasceu o Movimento Político pela Unidade, que vem se desenvolvendo também no Brasil: reúne políticos de diferentes partidos e ideologias que, antes de tudo, acreditam nos valores profundos e eternos do homem e, inspirados neles, atuam na política. Não se trata de um novo partido político. É o método da política que é transformado: mesmo permanecendo fiel às próprias aspirações autênticas, o político da unidade ama a todos, buscando aquilo que une.
Em maio de 1997, Ginetta recebeu na Mariápolis o então vice-presidente da República, Dr. Marco Maciel.
Em 1998, representando Chiara Lubich, ela proferiu um discurso na Câmara dos Deputados em Brasília: “O Movimento dos Focolares nos seus aspectos políticos e sociais”.
Em 1999, Ginetta acolheu na Mariápolis os parlamentares da Comissão Mista para o Combate e a Erradicação da Pobreza no Brasil. Eles visitaram a Mariápolis e o Pólo Spartaco pra conhecerem o projeto da EdC.


À distância de 10 anos da morte de Ginetta e 20 anos do lançamento do projeto Economia de Comunhão (EdC), lembramos esses dois eventos na profunda ligação que têm entre si.
Nas últimas palavras antes de morrer, Ginetta recordava a frase das Escrituras que, ao longo de sua vida, a ouvimos repetir em várias situações: “Sem derramamento de sangue não há redenção”.
Em outra ocasião, respondendo a alguém que lhe tinha perguntado sobre o andamento da EdC, Ginetta exclamou “É sangue da alma!” É a profunda convicção da verdade contida na lógica do Evangelho: é da morte que nasce a vida, é morrendo na terra que o grão de trigo produz frutos! Essa certeza sempre acompanhou Ginetta em tudo o que fez e viveu.



terça-feira, 15 de março de 2011

APRECIAÇÃO SOBRE O NOVO LIVRO DE GINETTA CALLIARI



Acabo de ler a profunda, singela e doce obra "GINETTA - FATOS QUE AINDA NÃO CONTEI", na qual a própria protagonista relata, no estilo autobiografia, fatos que merecem ser conhecidos por aqueles que com ela conviveram e também por tantos que sequer a conheceram.
Primeiro, sugiro a todos que com ela conviveram que venham saborear fatos e episódios do cotidiano da infância, adolescência e da vida adulta de Ginetta, os quais demonstram que, muito além do temperamento e das características pessoais de cada um, há um forte apelo que Deus nos faz em dado momento da vida, ocasião em que tudo passa a ser secundário. Basta a Sua vontade. É o decisivo "vem e segue-me" que, de certa forma, Ele dirige a cada ser humano; é preciso, no entanto, ter a sensibilidade para ouvi-Lo, e, seguindo-o, encontrar a felicidade nesta vida. Felicidade que, aliás, a própria Ginetta relata a sua ansiosa busca e como a encontrou.
Para aqueles que não conheceram Ginetta, indico igualmente a leitura da obra, pois, num mar de situações que poderiam parecer a mera rotina do cotidiano, descobre-se Deus que intervém  na história dos homens de boa vontade.  Descobre-se, acima de tudo, que a vida é simples, e na sua simplicidade e essencialidade Deus se revela como Amor, e, segui-Lo, significa reproduzir a intensidade desse Amor em relacionamentos fraternos, a grandiosidade dessa obra-prima que é o homem, o esplendor e a oportunidade única que é "viver",  a maravilha incomparável que é o mundo, a criação, a criatura..
Um agradecimento fica, por justiça, à organizadora da obra, Sandra Ferreira Ribeiro, que soube compilar com equilíbrio, harmonia, articulação e sentido humano-divino, os escritos deixados como testamento por Ginetta Calliari. 
Munir Cury

quinta-feira, 10 de março de 2011

HOMENAGEM A GINETTA CALLIARI em 7.3.2011

Dia 7 de março, segunda-feira passada, comemoramos os 10 anos da chegada de Ginetta à casa do Pai. A Mariápolis Ginetta estava em festa! A missa das 18:30, na igreja de Jesus Eucaristia, foi celebrada pelo arcebispo de Sorocaba, D. Eduardo Benes, com uma  homilia profunda, na qual evidenciava a figura de Ginetta como cristã coerente.  Estavam presentes o nosso prefeito de Vargem Grande Paulista, Roberto Rocha e esposa, o vice-prefeito Prof. Carlos e esposa, bem como uma delegação da Rissho-Kossei-Kai de São Paulo, que transmitiu uma rica mensagem do Reverendo Nagashima durante a programção das 20:30, no auditório do Centro Mariápolis, que ficou repleto. Intercalaram-se testemunhos, números artísticos, relatos, para relembrar a figura de Ginetta, tão significativa para a história do Movimento dos Focolares no Brasil. As cerca de 300 pessoas presentes saíram dali com novo ardor na vivência do cristianismo e do Ideal da Unidade, a exemplo de Ginetta.  

Chiara sobre Ginetta
Reportamos uma mensagem que Chiara Lubich enviou a todos os membros do Movimento dos Focolares espalhados em todas os cantos do planeta, cerca de um mês após a morte de Ginetta, ocorrida em 8 de março de 2001. É um pensamento sobre ela, que transcrevemos para recordar o 10º ano da sua partida desta terra e para nos estimularmos a seguir o seu exemplo.



Rocca di Papa, 19 de abril de 2001

A unidade mais genuína
Caríssimos,

Parece realmente que Jesus não faz economia em oferecer modelos para nossa vida cristã, a todos nós e, principalmente, aos jovens. Ele os apresenta justamente nesta época tão escassa de modelos; quando muito, eles são procurados por caminhos errôneos.
Nestes últimos dias, estamos conhecendo muitos detalhes da vida de Ginetta. Alguns podem ser considerados extraordinários. No entanto, será necessário um livro inteiro para conhecê-la, ainda assim, apenas parcialmente.
Será possível identificar nesta sua riquíssima vida espiritual uma qualidade ou virtude que mais a caracterizou?
Sim: a unidade – eu creio –, a unidade mais genuína, correta, autêntica, perfeita, forte, sólida, vivida e realizada com o amor exclusivo e perseverante a Jesus Abandonado. Aquela unidade que a nossa espiritualidade comunitária nos ensina a viver, seguindo o modelo da Santíssima Trindade; aquela unidade com a qual, na medida das nossas possibilidades humanas, procuramos repetir o relacionamento entre o Pai celeste e o seu Filho, no Espírito Santo.
Desde o início da sua nova vida, a partir do seu encontro com o Ideal da unidade, Ginetta compreendeu que Deus nos doou um carisma e o ofereceu a todos por meio de um instrumento seu. Dessa convicção provinha a sua unidade total e incondicional com aquela que, de certo modo, representava a fonte desse carisma.
Ela não se apoiava em si mesma, não se voltou para si mesma, nem sequer para o que possuía de mais precioso, ou seja, a luz deste dom do qual ela também participava. Ginetta viveu como Jesus que, mesmo podendo chamar a atenção para si (Ele também era Deus, como o Pai), não o fez. Jesus “apagou-se” a si mesmo, digamos assim, orientando a todos para o Pai.
Ginetta anulou-se completamente a si mesma e, assim como Jesus Abandonado, que, reduzindo-se a nada, foi Mediador entre nós e o Pai, também ela tornou-se uma autêntica mediadora do carisma da unidade para muitos.
Ela abriu espaço ao carisma da unidade genuíno. Não lhe quis dar uma interpretação pessoal. Acolheu-o assim como ele jorrava da fonte. E colocou-se a seu serviço, vivendo-o e levando os outros a viverem-no. Daí deriva a autenticidade da sua vida, o segredo, o milagre, a capacidade de concretização e o fato de realizar obras completas. Por isso é reconhecida por unanimidade como co-fundadora daquela porção da Obra que é uma parte do mundo: o Brasil. 
Que agora, do Céu, ela nos ajude a viver assim!
Ginetta viveu unicamente para a glória de Deus. Ela foi puro serviço, serva, como Maria. Não temos nada de melhor a indicar para sabermos como agir neste próximo mês: viver o nosso Ideal, assim como o Espírito Santo nos doa por meio do instrumento escolhido por Ele. Porque assim foi Ginetta.
                                                                                Chiara

quinta-feira, 3 de março de 2011

FESTA NO CÉU: DEZ ANOS DA 'CHEGADA' DE GINETTA

No dia 8 de março, comemoramos 10 anos do falecimento de Ginetta Calliari. Justamente no Dia da Mulher temos um exemplo de vida maravilhoso na sua pessoa e na caminhada de vida que fez dela um modelo a ser imitado. Que Ginetta, da Mariápolis Celeste, nos incite a fazer da nossa vida um farol, luz para o mundo, sal da terra.
Para lembrá-la, publicamos a segunda parte do testemunho de Danilo Zanzucchi. A primeira parte foi publicada no Boletim nº 4, já à disposição.

Já fazia algum tempo que Ginetta estava pensando em construir na Araceli uma ou mais casas para uma escola de famílias, seguindo o exemplo da Escola Loreto, em Loppiano. Ela havia até mencionado isso a Chiara, na sua visita recente. Aproveitou desse encontro dos focolarinos casados para propor-lhes o projeto, que foi aprovado por unanimidade com aplausos clamorosos.
Ginetta – sempre limitada à sua poltrona – havia telefonado a Chiara, que expressou seu contentamento por essa iniciativa.
Assim, sob um sol forte e um céu azul intenso, no dia 20 de fevereiro, uma procissão de focolarinos e famílias se dirigiu ao terreno, perto do Centro Mariápolis. Foi lida uma mensagem muito bonita de Ginetta: “Somente quando é Deus quem constrói, não trabalhamos em vão”. Ao som da canção “Magnificat” foram depositadas as medalhinhas no terreno. Uma experiência de fé, sentida profundamente e muito participada.

Naqueles dias, num outro encontro com Ginetta, falamos sobre os seus primeiros tempos em Trento, quando ela trabalhava com Aldo Gadotti, seu chefe, que era um tipo cético quanto à religião.
Um dia, ela se apresentou a Aldo para pedir demissão do trabalho e perguntar se poderia ser substituída por outra focolarina. Depois, convidou-o a ir ao focolare. Foi então que Ginetta teve a oportunidade de lhe falar sobre a ação social que as primeiras focolarinas estavam realizando em Trento. A essa altura Aldo deu-lhes todo o dinheiro que trazia consigo. Mas o que Ginetta queria mesmo era lhe falar do Ideal, que foi o que aconteceu na segunda vez em que Aldo foi ao focolare de Trento.
A conseqüência dessa “história do Ideal” foi uma longa confissão de Aldo, que arrancou lágrimas também do confessor. Ouvindo essa narração é espontâneo pensar no relacionamento direto de Ginetta com Jesus. Toda a sua existência é com Ele.

No final de janeiro passado (de 2001) estivemos novamente na Araceli, para encontros com as famílias da Obra. Tivemos oportunidade de estar com Ginetta umas cinco vezes. Nós a encontramos muito bem, após o período doloroso da doença, que no ano anterior a tinha deixado à beira da morte.
No dia seguinte à nossa chegada na Araceli, Ginetta já nos convidou para o almoço num restaurante fora da Mariápolis, imerso no verde tropical dessas florestas estupendas.
Parecia-nos um milagre vê-la à mesa conosco, em plena forma. Imediatamente estabeleceu-se uma unidade especial; contávamos experiências profundas do Ideal, com naturalidade e alegria, como entre irmãos e irmãs. Um dom imenso. Tínhamos a impressão de estar com uma grande santa. Lembrávamos os dias do nosso encontro com o Ideal em Milão, em Parma, do relacionamento de Ginetta com a nossa Chiaretta, os acontecimentos dolorosos da Obra na década de Cinqüenta. Ginetta dizia entrever um desígnio de Deus sobre nós e a nossa família.
 No dia seguinte fomos à missa na capelinha de sua casa. Oração intensa. Após a missa ela leu o agradecimento, as orações da visita ao Santíssimo, o exame de consciência simples, profundo. A seguir, passamos ao seu escritório, ao lado da capela. Continuamos uma comunhão profunda das nossas experiências de Jesus em meio, numa atmosfera simples, bela, lembrando também fatos divertidos.
Houve ainda outros encontros, nos dias seguintes. Ginetta vivia numa espécie de retiro, não participava dos encontros da Mariápolis, mas na verdade era a alma de tudo.
Numa tarde ela quis cumprimentar os focolarinos casados que realizavam um encontro. Eram cerca de cem, de todo o Brasil. Ginetta conhecia muitos deles. E não acabava mais de cumprimentá-los, um a um, com palavras de encorajamento. É difícil descrever o clima de grande unidade que se criou ao seu redor.
Antes de deixarmos a Araceli, ela nos convidou ainda para o almoço.
Agradeceu-nos por termos estado lá, como representantes de Foco.
Em seguida, na missa, numa atmosfera de alegria, confiamos a Jesus e a Maria o fruto dessa viagem.
No momento da nossa partida, Ginetta desceu até o jardim e fez questão de nos cumprimentar, saudando-nos até o carro partir para o aeroporto. Conservamos na alma o amor daquela despedida.